Escrever sobre ti é condicionar me, necessária e automaticamente, a um estado de aporia intenso, onde as palavras devem ser sabiamente selecionadas e harmonizadas num contexto que chegue ao menos próximo de tudo aquilo que tu representas para mim e tudo aquilo que tem me feito sentir. Consegues pensar na dificuldade?
Honestamente quem devia estar a interrogar se para escrever, devias ser tu e sobre mim, afinal foste tu que me achaste. Tu reparaste primeiro e convidaste me para sentar naquela mesa antes de pedr ums bebidas. Também foste tu que fizeste questão de limpar o drink que o teu amigo derrubou nas minhas pernas desnudas pela saia bordô recém comprada, como quem não queria nada, apesar de ter me apercebido que até limpaste partes onde a maldita bebida não tinha pingado. Tu é que me devias escrever porque tu é que me tentaste beijar. E insististe, apesar de eu namorar. E esperaste mais de 730 dias pelo beijo. E foste meu. Tudo começou num evento cheio de pessoas que eu nem faço questão de lembrar.
Particularidades em ti, que eu nunca imaginaria que existissem hoje tornam se nítidas e perceptíveis. Hoje descubro te, num processo intrigante de colonização da tua alma e do teu corpo. Desvendar te gradualmente intriga me. Os teus extremos e sentimentos tão bem camuflados fascinam me. Tu és a tal mistura de tudo-o-que-há-de-bom. Tu és uma mistura de alguma coisa fofinha com putaria, de palavras meigas com boca suja e isso meio que me enlouquece. Tu implicas com a minha mente e com a mnha estabilidade de uma forma inenarrável.
Tu perguntaste me o que eu acho e sinto por ti e se eu fosse sincera demais, talvez nem fosses acreditar. Que rapaz vai acreditar que eu o vejo como a coisa mais intensa, delicada e sexy do mundo? Ás vezes até pode soar falso quando a gente fala verdade a mais, tu sabes. O que não sabes é que te acho inteligente, carinhoso e encantadoramente amoroso. E inteiramente meu. Só meu. Não te divido, como ao último pedaço de pizza. És meu e ninguém te vai tirar de mim.
És tu que passas frio para me oferecer o casaco. És tu que fazes analogias em plena madrugada e és tu que ris comigo logo depois de eu destruir a toda a tua analogia recém criada com um comentário ácido-impertinente-irónico-e-de-mau-gosto. És tu e a tua mania de estalar os dedos a cada dois minutos. És tu, com o teu olhar transparecendo a pureza de uma criança com o sorriso tão lindo quanto um céu aberto. És tu, com o teu beijo, o teu toque, a tua intensidade. Com os teus medos, sorrisos e vontades.
És tu, não sei explicar direito. És só tu, assim do teu jeito.
2 Comentários
Adorei, simplesmente adorei :3
ResponderEliminarBeijos*
www.lolitosfritos.blogspot.com
Obrigada Bruna, é muito bom receber este carinho e ter certeza que há pessoas a ler o que eu escrevo.
EliminarBeijinhos.