LIFESTYLE | Porquê Que os meus Relacionamentos são Abertos?

digam olá a um assunto polémico...
2018 foi um ano extremamente importante na minha vida, durante o qual [fruto de várias experiências] desconstruí bastante ideias e suposições que a sociedade implantou na minha cabeça. Principalmente em assuntos do coração foi um período de muito aprendizagem. Por doze meses, tirei dos meus ombros o peso de verdades que considerava incontestáveis e dei a mim mesma a possibilidade de ver questões que já conhecia de ângulos diferentes. Este exercício interior levou me a questionar assuntos e questões alusivas ao amor e à traição

Não levei muito tempo por acabar a reforçar uma ideia na qual sempre acreditei: eu não sou dona de ninguém e nunca ninguém será meu a 100%, nem me cabe a mim dizer com quem um parceiro, ou parceira, pode ou não estar. Também sempre considerei que a linha entre o que é ou não traição é demasiado tênue e que variava muito de pessoa para pessoa, para além de ter certeza de que não sou juíza nenhuma para ser quem diz se realmente o é ou não. E foi mais ou menos assim que eu descobri que, pelo menos por enquanto, não queria estar em nenhum relacionamento monogamia. O que na prática significa estar num relacionamento aberto.

Mas o quê que é um relacionamento aberto?
Um relacionamento aberto é um termo abrangente para qualquer parceria física ou romântica que não se baseia na exclusividade, ou seja, um relação não-monogamia. Por norma, cada casal estabelece as suas próprias regras e limites, pelo que existem milhares de versões do termo, neste artigo eu, as a single woman, vou focar me naquelas que, teoricamente, acredito que funcionariam pra mim. Julgo que comigo o que melhor iria funcionar era ter um parceiro/a "principal" no sentido que seria a pessoa com quem iria dividir a minha vida e trazer aos almoços de família de domingo, a par que iríamos ter outros amantes (o que pode parecer algo bem simples mas que iria implicar uma vasta lista de regras pra ambos estarmos à vontade com a situação).

O mais importante a saberes é que tu e a pessoa com que estás podem fazer o que quiserem, dependendo de como o acordaram. Como em qualquer outro relacionamento: é o casal quem decide e, com isto, refiro me, por exemplo, ao nível de envolvimento que terão com parceiros secundários. A única regra que eu acho que se aplica a todos os casais nesta situação é que as coisas devem ser feitas de forma segura e com o consentimento de todas as parte envolvidas (não é só importante o vosso parceiro saber que saem com terceiros, como terceiros saberem que têm um parceiro). Tirando isso, como já disse anteriormente, cabe ao casal definir as suas próprias normas e linhas.
Mas porquê ir atrás de outras quando tens a tua outra metade em casa?
Durante grande parte da minha vida fui monogâmica e isso nunca me impediu de, por exemplo, ir sair com amigas e no meio do rolê cruzar me com alguém e dar por mim a pensar "que boquinha linda, quero beijar", tal como já tive namorados que eram ótimos no que faziam e queria que o partilhassem com outras pessoas. Acho que ciúmes não é bem uma coisa que me assiste. Estar exclusivamente com alguém nunca determinou o sucesso de algum dos meus relacionamentos. Hello, tenho 20 e estou solteirissima. Para além de que com o tempo acabei por concluir que manter um relacionamento, durante um período de tempo indefinido, é extremamente difícil e anti natura. Sendo assim, acabei por criar alguns pressupostos mentais que me levaram a entender que podia sim ter tudo: compromisso e liberdade. É uma win-win situation. Mais uma vez, contando que TODAS as partes envolvidas estejam de acordo.
E, o mais importante para mim, quando estou com alguém é nesse alguém que penso: no quão gosto dele, no quanto o desejo e/ou quero. E acredito que o desejo que sinto por uma determinada pessoa não vai anular o desejo que sinto por outra, ou seja, um parceiro "principal" não iria ofuscar um "secundário" e vice versa.

E, para quem se está a perguntar, quais sãos as ~minhas~ regras?
Não são exatamente regras, porque eu criei-as sozinha, de acordo com aquilo que ME deixaria confortável, obviamente as mesmas vão sofrer algumas alterações quando encontrar alguém com quem dividir os meus medos e desejos.

  • Havendo um relacionamento "principal" acho importante não gastar demasiado tempo com os outros parceiros. O meu namorado será o meu ponto de abrigo, a pessoa a quem me vou entregar de alma e coração. Os outros/as serão aventuras passageiras;
  • HONESTIDADE A CIMA DE TUDO, não que queira saber detalhes do que o meu parceiro/a fará com outros, mas é importante termos noção do que se passa com a nossa outra metade;
  • A outra pessoa têm de conhecer os termos da nossa relação e estar de acordo com isso. E também não custa nada, dar-mos a entender ao outro de quem se trata quando acabarmos os três (ou mais) no mesmo espaço;
  • AMIGOS, EX ou qualquer outra pessoa que faça parte da nossa vida está fora de questão! Acredito que será extremamente difícil se me cruzar frequentemente com alguém que faça parte da equação;
  • Ninguém quer apanhar HIV ou qualquer outra DST, por isso PROTEÇÃO SEMPRE! A única regra que tenho certeza de que nunca será negociável. 
Qualquer duvida que tenham sobre o assunto, por favor deixem nos comentários que, caso se justifique, pretendo fazer um post a responder às mesmas.

Enviar um comentário

0 Comentários