FILMES | O Que Aprendi Com o Documentário "Miss Americana" da Taylor Swift



Vamos começar por esclarecer algo sobre mim: eu gosto imenso de ver documentários sobre celebridades, quer adore ou não o seu trabalho. Por isso, tenho uma imensa vontade de ver Miss Americana desde que saiu o trailer. Até porque estamos a falar de uma das maiores artistas da atualidade.



O documentário é dirigido pela Lana Wilson e este apresenta-nos uma nova fase da vida da Taylor. A Taylor começou a sua carreira a comportar-se de acordo com aquilo que as pessoas esperavam dela, porém atualmente com 30 anos ela já perdeu o medo de lutar pelo que acredita. Através de Miss Americana podemos ainda notar que a música sempre foi uma grande parte da sua vida!



E, para ser muito honesta, não imagina que iria interessar-me tanto pela narração do documentário, porém o mesmo apanhou de surpresa porque eu sou dessas com a mania de colocar personalidades famosas num pedestal [ao ponto de me esquecer que se trata de um outro ser humano]. E adivinhem só? A Taylor é tão humana quanto eu, com problemas, receios, medos, inseguranças, deslizes, o tipo de coisas que quando ocorrem connosco rapidamente acabamos por considerar algum tipo de defeito nosso.

O documentário é relativamente curto, mas consegue ser longo o suficiente para vermos a Tay-Tay a crescer enquanto artista e, principalmente, as a person: vemos em primeiro plano como é ela conseguiu usar a sua voz para causas em que antes era obrigada a se manter neutra. Então, no artigo de hoje vamos refletir sobre alguns dos pontos levantados durante Miss Americana.


01.“I need to be on the right side of history.”: Durante a maior parte da sua carreia a Taylor Swift prezou por não se envolver em assuntos mais polémicos, como política e religião, ela foi ensinada a não "forçar a sua visão sobre outras pessoas". Tudo okay ela falar das suas relações e breakups nas suas entrevistas e canções, mas estes assuntos eram aparentemente P-R-O-I-B-I-D-O-S. Porém, a artista acabou por não conseguir manter-se calada em 2018 e posicionou-se politicamente contra a candidata republicana e senadora Marsha Blackburn, uma vez que mesma votou contra uma Lei de Violência contra as mulheres.

Acho que esta é a questão com a qual mais me relaciono, uma vez que eu também tive algumas dificuldades em começar a dar a minha opinião em determinados assuntos, uma vez que cresci com a ideia que não tinha lugar de fala em vários conteúdos que dizem respeito a vida de todos.


02.  “There’s always some standard of beauty that you’re not meeting.”: Taylor Swift é tão gente como a gente que chegou a desabafar que no passado teve um distúrbio alimentar, mostrando-se extremamente vulneravel. É a própria que confessa que é incapaz de ver fotos suas diariamente, uma vez que as mesmas são um gatilho. É chocante, ouvi-la contar que as coisas chegaram ao ponto de ela acreditar ser normal sentir que iria desmaiar no final de um concerto ou que foi treinada para sorrir, independentemente da situação.

É importante esclarecer que a mesma deixa claro que tem as suas ambições e que trabalhou imenso para chegar onde está, mas nada disso impede que a opinião alheia a afete imensamente. Afinal, ela é constantemente pressionada pelos mídias e a sua imagem é constantemente distorcida. O que me leva a ponderar sobre a quantidade de vezes e o tempo que perdi por procurar a aprovação dos outros, quando eles sempre irão encontrar algo para criticar.


03.“You don’t feel a sense of any victory when you win…because the process is so dehumanizing.”: Para quem não sabe, há uns anos a Taylor esteve envolvida num caso de agressão sexual, quando um apresentador de rádio a apalpou durante um meet and greet. E note-se que há fotos que compravam toda a situação! A cantora denunciou o caso e ele acabou por ser demitido! Mas calma, que a história não fica por aqui. Ele decidiu processá la em milhões de dólares, algo que a Taylor também fez, mas no valor simbólico de um dólar! É importante entender que nesta situação, para a Taylor, não se tratava de dinheiro mas sim de não ficar calada e mostrar para todas as mulheres, que sofrem agressões semelhantes no seu dia-a-dia que as mesmas também podem e devem lutar contra isto. E sim, ela ganhou o processo!

Esta foi sem sombra de dúvidas a parte do documentário em que mais chorei e em que mais me senti vulnerável, uma vez que me é uma questão tão pessoal. E, enquanto uma das mulheres que não teve coragem de se defender e ainda se culpou por situações vagamente semelhantes tudo o que consigo dizer é obrigada! Obrigada Taylor por te teres posicionado e utilizado um momento tão delicado da tua vida para consciencializar e apoiar todas as vítimas de abuso sexual pelo mundo fora.

PARA AQUELES QUE JÁ VIRAM O DOCUMENTÁRIO, QUAIS FORAM AS MAIORES LIÇÕES QUE TIRARAM DO MESMO? Contém me tudo nos comentários e não se esqueçam de seguir o blog. Afinal, os meus unicórnios e as minhas fadas lêem sempre primeiro. 

Enviar um comentário

0 Comentários